A desnutrição associada a doenças é um problema significativo de saúde pública, presente tanto em países desenvolvidos quanto em nações emergentes. A prevalência em adultos internados é estimada entre 20% e 50%. Estudos iniciais em países emergentes indicaram uma taxa mais elevada em comparação com outras regiões, embora os dados sobre os impactos e custos ainda sejam escassos. Esse tipo de desnutrição é muito comum e representa um peso substancial, tanto para a saúde quanto para a economia dos países latino-americanos. Há uma necessidade urgente de mais pesquisas para entender melhor as práticas de triagem e avaliação e para desenvolver soluções baseadas em evidências que possam enfrentar esse problema persistente e oneroso para a saúde pública.¹ 

Evidências mostram que o estado nutricional é um dos principais determinantes da qualidade de vida. Uma baixa qualidade de vida indica um risco elevado de desnutrição, além de estar associada à dependência e à fragilidade. Realizar triagens nutricionais regulares em pacientes que recebem cuidados domiciliares é essencial e contribui para a intervenção nutricional precoce, ajudando assim a prevenir a morbidade e a mortalidade.¹ 

A desnutrição apresenta uma prevalência elevada em pacientes hospitalizados, sendo identificada em 31% dos casos no momento da admissão e aumentando para 36% antes da alta. A condição é ainda mais comum entre pacientes que passam mais tempo internados. Esses dados destacam a importância de monitorar continuamente o estado nutricional durante a internação e de oferecer cuidados nutricionais adequados após a alta, para evitar que a desnutrição permaneça sem diagnóstico e sem tratamento.¹