Sarc On The Road

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A Sarcopenia é uma doença importante, com código de diagnóstico no CID-10 e arraigada em mudanças musculares acumuladas ao longo da vida.1 Porém, apesar de ser reconhecida desde 2016, seu diagnóstico raramente é feito ou documentado nos prontuários médicos.2 

 

Referências 

1. Morley JE, Anker SD, von Haehling S. Prevalence, incidence, and clinical impact of sarcopenia: facts, numbers, and epidemiology-update 2014 [published correction appears in J Cachexia Sarcopenia Muscle. 2015 Jun;6(2):192]. J Cachexia Sarcopenia Muscle. 2014;5(4):253-259.

2. Avgerinou C. Sarcopenia: why it matters in general practice. Br J Gen Pract. 2020 Mar 26;70(693):200-201. 

Uma recente pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) apontou que cerca de 30% dos médicos não especialistas em geriatria declararam não saber realizar o diagnóstico da Sarcopenia.3 Portanto, torna-se desafiadora a tarefa de capacitar e estimular os profissionais de diferentes especialidades a identificar e documentar essa condição que hoje é considerada um dos novos gigantes da geriatria.4

 

Em 2019, o European Working Group on Sarcopenia in Older People 2 (EWGSOP2) revisou seu consenso, atualizando a definição e o algoritmo para o diagnóstico de doença. A atualização incorporou um raciocínio que visa “encontrar, avaliar, confirmar e estabelecer a gravidade dos casos”, com o objetivo de facilitar seu uso em contextos clínicos.5

 

No que diz respeito ao tratamento da Sarcopenia, medidas preventivas e intervenções precoces podem ajudar a retardar ou até mesmo reverter esse processo. A prática regular de exercícios de resistência, como musculação, é fundamental para estimular o crescimento muscular e preservar a força. Além disso, uma dieta rica em proteínas e micronutrientes, como, por exemplo, vitamina D, cálcio e zinco, é essencial para manter a massa muscular.6 

 

“Recomendações para Diagnóstico e Tratamento da Sarcopenia no Brasil”, por Dr. Marcelo Valente1-3,5,7-20

Com o intuito de auxiliar no diagnóstico e tratamento da Sarcopenia, a SBGG, com apoio da Danone, criou o manual “Recomendações para Diagnóstico e Tratamento da Sarcopenia no Brasil”. Escrito por especialistas renomados, o guia aborda desde métodos de avaliação precisos até estratégias terapêuticas eficazes, com todo o conteúdo respaldado por evidências científicas. O objetivo do material é:

• Possibilitar a aplicação completa do algoritmo diagnóstico pelos profissionais em qualquer cenário de avaliação do idoso.

• Trazer a proposta de um programa de treinamento resistido progressivo baseado nas melhores evidências científicas.

• Ressaltar a importância e oferecer uma abordagem nutricional com foco em ajuste de calorias e proteínas, além de considerações sobre a suplementação nutricional oral.

 

Nesta videoaula, o Dr. Marcelo Valente apresenta o guia “Recomendações para diagnóstico e tratamento da Sarcopenia no Brasil”, e discorre sobre as diretrizes atualizadas para identificar e gerenciar essa condição prevalente em idosos, com destaque para os dois pilares do tratamento da Sarcopenia: a abordagem nutricional e o programa de exercício resistido. Além disso, o Dr. Marcelo traz dois casos clínicos, que mostram desde a aplicação do algoritmo de diagnóstico na prática, até as intervenções terapêuticas adotadas para cada caso em particular, bem como o prognóstico dos pacientes.

 

Dr. Marcelo Valente

• Médico. Especialista em Geriatria pela Santa Casa de São Paulo e pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)/Associação Médica Brasileira (AMB).

• Mestre em Saúde Baseada em Evidências pela UNIFESP.

• Professor da disciplina de Geriatria da Faculdade de Medicina do ABC.

• Professor da disciplina de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas da SantaCasa de São Paulo.

• Médico primeiro assistente do Hospital Geriátrico e de Convalescentes Dom Pedro II.

• Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Seção São Paulo (2018-2020).

 

Referências

1. Morley JE, Anker SD, von Haehling S. Prevalence, incidence, and clinical impact of sarcopenia: facts, numbers, and epidemiology-update 2014 [published correction appears in J Cachexia Sarcopenia Muscle. 2015 Jun;6(2):192]. J Cachexia Sarcopenia Muscle. 2014;5(4):253-259.

2. Avgerinou C. Sarcopenia: why it matters in general practice. Br J Gen Pract. 2020 Mar 26;70(693):200-201.

3. Campanha Sarcopenia. Pesquisa DANONE/SBGG, 2021.

4. Morley JE. Frailty and sarcopenia in elderly. Wien Klin Wochenschr. 2016 Dec;128(Suppl 7):439-445. 

5. Cruz-Jentoft AJ, Bahat G, Bauer J, Boirie Y, Bruyère O, et al. Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis. Age Ageing. 2019 Jan 1;48(1):16-31. Erratum in: Age Ageing. 2019 Jul 1;48(4):601.

6. Cho M, Lee S, Song S. A Review of Sarcopenia Pathophysiology, Diagnosis, Treatment and Future Direction. J Korean Med Sci. 2022 May 9;37(18):e146. 

7.Sayer AA, Cruz-Jentoft A. Sarcopenia definition, diagnosis and treatment: consensus is growing. Age Ageing. 2022 Oct 6;51(10):afac220.

8. Papadopoulou SK, Tsintavis P, Potsaki P, Papandreou D. Differences in the Prevalence of Sarcopenia in Community-Dwelling, Nursing Home and Hospitalized Individuals. A Systematic Review and Meta-Analysis. J Nutr Health Aging. 2020;24(1):83-90. 

9. Cruz-Jentoft AJ, Sayer AA. Sarcopenia. Lancet 2019 ; Jun 29; 393(10191):2636-2646. 

10. Csapo R, Alegre LM. Effects of resistance training with moderate vs heavy loads on muscle mass and strength in the elderly: A meta-analysis. Scand J Med Sci Sports. 2016 Sep;26(9):995-1006. 

11. Bao W, Sun Y, Zhang T, Zou L, Wu X et al. Exercise Programs for Muscle Mass, Muscle Strength and Physical Performance in Older Adults with Sarcopenia: A Systematic Review and Meta-Analysis. Aging Dis. 2020 Jul 23;11(4):863-873. 

12. Zhang Y, Zou L, Chen ST, Bae JH, Kim DY et al. Effects and Moderators of Exercise on Sarcopenic Components in Sarcopenic Elderly: A Systematic Review and Meta-Analysis. Front Med (Lausanne). 2021 May 19;8:649748.

13. Morley JE, Argiles JM, Evans WJ et al. Nutritional recommendations for the management of sarcopenia. J Am Med Dir Assoc. 2010;11(6):391-396.

14. Bauer J., Biolo G., Cederholm T., Cesari M., Cruz-Jentoft A.J. et al. Evidence-based recommendations for optimal dietary protein intake in older people: A position paper from the PROT-AGE Study Group. J. Am. Med. Dir. Assoc. 2013;14:542–559.

15. Volkert D, Beck AB,Cederholm T, Cruz-Jentoft A, Goisser S et al. ESPEN guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics,Clin Nutrition. 2019;38(1):10-47. 

16. Liao CD, Chen HC, Huang SW, Liou TH. The Role of Muscle Mass Gain Following Protein Supplementation Plus Exercise Therapy in Older Adults with Sarcopenia and Frailty Risks: A Systematic Review and Meta-Regression Analysis of Randomized Trials. Nutrients. 2019 Jul 25;11(8):1713. 

17. Ticinesi A, Tana C, Nouvenne A. The intestinal microbiome and its relevance for functionality in older persons. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2019 Jan;22(1):4-12. 

18. Zhang J, Yu Y, Wang J. Protein Nutritional Support: The Classical and Potential New Mechanisms in the Prevention and Therapy of Sarcopenia. J Agric Food Chem. 2020 Apr 8;68(14):4098-4108.

19. Dent E, Morley JE, Cruz-Jentoft AJ, Arai H, Kritchevsky SB et al. International Clinical Practice Guidelines for Sarcopenia (ICFSR): Screening, Diagnosis and Management. J Nutr Health Aging. 2018;22(10):1148-1161. 

20. Feike, Y, Zhijie, L, Wei, C. Advances in research on pharmacotherapy of sarcopenia. AgingMed.2021; 4:221– 233.

 

Conteúdo técnico-científico destinado a profissionais da saúde. Proibida a reprodução total e/ou parcial. Junho/2024.

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