A inclusão do termo "velhice" como um código na Classificação Internacional de Doenças (CID 11) pela OMS gerou debates significativos. Muitos argumentaram que o envelhecimento não deve ser categorizado como uma doença. Como resultado, a expressão "declínio da capacidade intrínseca relacionado ao envelhecimento" foi adotada, substituindo "velhice".
Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) introduziu o conceito de "Capacidade Intrínseca" (CI) em um relatório que passou a ser amplamente debatido e estudado. A CI refere-se à combinação das capacidades físicas e mentais de um indivíduo e suas interações com o ambiente. Desde sua introdução, o conceito evoluiu, e em 2017, cinco domínios foram identificados como essenciais para um envelhecimento bem-sucedido: locomoção, vitalidade, funções cognitivas, psicológicas e sensoriais.
A avaliação da saúde de uma pessoa idosa vai além das doenças que ela possa ter, uma vez que envolve a capacidade de realizar atividades diárias de forma independente. A Capacidade Funcional (CF) é crucial nesse contexto e pode ser medida através de instrumentos de avaliação que analisam tanto atividades básicas diárias quanto as complexas, servindo como um guia para decisões diagnósticas e terapêuticas.
A relação entre Capacidade Intrínseca e Capacidade Funcional é fundamental para o envelhecimento saudável. De acordo com a OMS, enquanto a CI representa a raiz e a essência das capacidades individuais, a CF reflete a habilidade de realizar atividades cotidianas. Juntas, CI e CF, juntamente com os fatores ambientais, formam os pilares do envelhecimento saudável.
Identificar e mensurar o declínio da Capacidade Intrínseca é vital para promover intervenções eficazes que garantam um envelhecimento de qualidade, permitindo às pessoas idosas viverem da forma mais plena e com mais autonomia possível.
Para ler na íntegra o relatório da Capacidade Intrínseca publicado pela OMS em 2015, clique em "mostrar conteúdo".
04/07/2024