A relação entre a Doença de Alzheimer e a nutrição pode ser compreendida de maneira mais ampla, incluindo alterações metabólicas e fatores relacionados ao processo de alimentação.1,2 Aqui estão alguns pontos-chaves dessa relação:
Pessoas com tolerância leve à glicose ou diabetes tipo 2 podem ter um acúmulo mais acentuado de beta-amiloide. O "diabetes tipo 3" é uma associação mais direta entre diabetes e Alzheimer.
Dietas ricas em gordura, que podem levar à obesidade, estão associadas ao acúmulo de beta-amiloide no hipocampo. Existe uma relação entre a redução do volume cerebral e o índice de massa corporal.
O microbiota pode produzir neurotransmissores, como GABA, serotonina, norepinefrina e acetilcolina. Alterações na microbiota podem estar associadas ao risco de Alzheimer ou podem ser um efeito da doença. Isso porque existe uma comunicação entre o intestino e o cérebro por meio de neurotransmissores, sistemas endócrinos e respostas imunológicas. Inflamações crônicas no intestino podem levar à produção de beta-amiloide e desencadear reações inflamatórias no cérebro.
Intervenções Nutricionais1
A alimentação saudável pode ajudar na prevenção da demência. Dietas ricas em prebióticos e probióticos, além de alimentos anti-inflamatórios, podem ser benéficas no manejo da doença. Em casos de Comprometimento Cognitivo Leve, por exemplo, a dieta cetogênica pode melhorar a disponibilidade energética para o cérebro, utilizando corpos cetônicos como fonte de energia alternativa. Estudos demonstram que dietas cetogênicas podem reduzir o declínio em memória, função executiva e linguagem em pessoas com CCL. A concentração de corpos cetônicos no plasma mostrou correlação com melhorias em testes cognitivos.
Esses pontos destacam a complexa interação entre a nutrição e a Doença de Alzheimer, sugerindo que uma abordagem nutricional eficiente pode ser uma estratégia importante tanto na prevenção quanto na intervenção precoce da doença.1,2
Por isso, a Danone convidou o Doutor Paulo Henrique Ferreira Bertolucci, neurologista, professor titular da disciplina de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp – e coordenador do núcleo de envelhecimento cerebral da Unifesp, a trazer mais informações relevantes a respeito do espectro da Doença de Alzheimer e da nutrição nesta videoaula. Não deixe de conferir!
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1.Taylor MK, Swerdlow RH, Sullivan DK. Dietary Neuroketotherapeutics for Alzheimer's Disease: An Evidence Update and the Potential Role for Diet Quality. Nutrients. 2019 Aug 15;11(8):1910.
2.Alkasir R, Li J, Li X, Jin M, Zhu B. Human gut microbiota: the links with dementia development. Protein Cell. 2017 Feb;8(2):90-102.