No contexto hospitalar, estudos recentes indicam que a desnutrição infantil afeta entre 7,5% e 45,6% das crianças internadas. Bebês e crianças hospitalizadas podem ter seu estado nutricional agravado pela doença subjacente, evoluindo para desnutrição, o que interfere no prognóstico e prolonga o tempo de internação. A identificação e intervenção precoce da desnutrição, utilizando ferramentas recomendadas, possibilitam a adoção de condutas nutricionais mais adequadas e a melhora dos resultados clínicos desses pacientes.1
A campanha “Diga não à desnutrição Kids” tem como objetivo abordar de forma ampla e prática a desnutrição infantil, sugerindo ferramentas que auxiliem na prevenção e no tratamento da desnutrição energético-proteica, visando reduzir as taxas de desnutrição. Para facilitar a disseminação do conhecimento, foi desenvolvido um método mnemônico com a palavra "DESNUTRIÇÃO", que aborda, de forma simples, cada aspecto do conceito até o tratamento da desnutrição. Esse método promove uma integração interdisciplinar e discute os principais cuidados necessários para o manejo de pacientes desnutridos.1
O leite materno é o melhor alimento para os lactentes e até o 6° mês deve ser oferecido como fonte exclusiva de alimentação, podendo ser mantido até os dois anos de idade ou mais. As gestantes e nutrizes também precisam ser orientadas sobre a importância de ingerirem uma dieta equilibrada com todos os nutrientes e da importância do aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais. As mães devem ser alertadas que o uso de mamadeiras, de bicos e de chupetas pode dificultar o aleitamento materno, particularmente quando se deseja manter ou retornar à amamentação; seu uso inadequado pode trazer prejuízos à saúde do lactente, além de custos desnecessários. As mães devem estar cientes da importância dos cuidados de higiene e do modo correto do preparo dos substitutos do leite materno na saúde do bebê. Cabe ao especialista esclarecer previamente às mães quanto aos custos, riscos e impactos sociais desta substituição para o bebê. É importante que a família tenha uma alimentação equilibrada e que sejam respeitados os hábitos culturais na introdução de alimentos complementares na dieta do lactente, bem como sejam sempre incentivadas as escolhas alimentares saudáveis. |
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Referência:
1.Gomes DF et al. Campanha “Diga não à desnutrição Kids”: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar. BRASPEN J 2019; 34 (1): 3-23.